Ao caminhar nas verdes pastagens podia sentir o cheiro fresco e perfumado por ervas e folhas que soprava da floresta. Um vento leve e fresco soprava sobre seus cabelos, abriu os braços e queria abraçar a terra, sentiu que pertencia aquele lugar. Então se deitou aos pés de uma árvore, encostou seu corpo sobre a relva e repousou a cabeça no tronco maciço. Fechou os olhos. Quando nos desprendemos de um sentido, é como se os outros tornassem-se mais fortes: e em detrimento da visão o tato e a audição aguçaram-se. Sentir e ouvir a floresta é abrir a porta para o próprio inconsciente. O ressoar das folhas se mexendo na copa das árvores, o tranquilo caminhar do riacho, o murmurar das criaturas que ali habitam.
Podia ficar assim o resto da vida.
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